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22 julho, 2025
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INB realiza operação de recebimento e transporte de carga de urânio enriquecido para recarga de Angra 2

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) concluiu nesta terça-feira, dia 22/07, a recepção e o transporte de 388 varetas de U-Gadolínio, com pastilhas enriquecidas a 2,90% e 4,25% de U-235, para confecção de elementos combustíveis para a 21ª Recarga de Angra 2, oriundas de Rotterdan na Holanda. O material fabricado na empresa Framatome, na Alemanha foi recebido no porto do Rio de Janeiro e transportado sob escolta, para a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende/RJ. As varetas estavam acondicionadas em um contêiner.



O transporte foi realizado inteiramente pela INB, seguindo à risca os protocolos estabelecidos nos planos previamente aprovados pelos órgãos reguladores e de fiscalização, com foco na proteção da carga, da população e do meio ambiente.



A operação envolveu a cooperação integrada de diversas instituições estratégicas, como o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), através do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR), Centro Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (Cenagen), além da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Cesportos-RJ, Ministério da Defesa e Guarda Portuária do RJ.



VARETAS – Na INB, as varetas de gadolínio são utilizadas para a fabricação dos elementos combustíveis nucleares que abastecem os reatores das usinas de Angra 1 e Angra 2, da Eletronuclear. As varetas de gadolínio são elementos absorvedores de nêutrons usados para controlar a reação de fissão nuclear nos reatores. A função delas é auxiliar para a manutenção na operação segura e estável das usinas, com o controle da reatividade inicial, queima progressiva e melhoria da distribuição de potência. A vida útil do combustível também é prolongada com a utilização das varetas de gadolínio.



RECARGA- A recarga é uma etapa planejada e fundamental para o funcionamento das usinas nucleares. Em Angra 2, o processo ocorre a cada 14 meses, quando aproximadamente um terço dos elementos combustíveis do reator é substituído. Cada elemento permanece em operação por três ciclos, assegurando eficiência energética, segurança nas operações e continuidade na geração de energia limpa e estável.

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