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04 outubro, 2021
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Instituto de Criminalística Carlos Éboli consegue identificar maconha sintética e substâncias psicoativas ainda não catalogadas

Os equipamentos foram mostrados ao deputado federal Delegado Antonio Furtado durante visita feita ao laboratório forense no Rio de Janeiro



Entusiasta do trabalho pericial realizado pela Polícia Civil, o deputado federal Delegado Antonio Furtado esteve no Instituto de Criminalística Carlos Éboli para conhecer os novos equipamentos do laboratório de química instalados na unidade. Com os aparelhos será possível dar ainda mais agilidade aos trabalhos de identificação de substâncias psicoativas e de descobertas de fraudes documentais.



– O trabalho desenvolvido pelos peritos é muito importante para a identificação de crimes, fraudes e orientar as ações da polícia. Minha visita ao Instituto   de Criminalística foi para ver as novas instalações e também verificar as pendências e como posso auxiliar, enquanto parlamentar, para melhorar ainda mais, a qualidade do trabalho que já desenvolvem tão bem – explicou o parlamentar.



Três novos equipamentos para análises de substâncias foram instalados, além de ter sido realizada uma atualização no espectrômetro Raman (equipamento de análise documental) para funcionar com mais agilidade. Com os novos equipamentos será possível identificar substâncias entorpecentes, mesmo as ainda não catalogadas pela Anvisa.



– Esses novos equipamentos são capazes de produzir exames inovadores, um deles é a identificação de novas substâncias psicoativas. Um exemplo são os canabinóides sintéticos. Eles possuem os mesmo receptores da maconha no sistema nervoso central, mas com fórmulas químicas diversas. Será possível ajudar a Anvisa ampliar o catalogo de substâncias com princípios psicoativos e assim passar a enquadrá-los como entorpecentes – detalhou Luciano Segné Ferreira Silva, diretor do Laboratório Geral de Perícias Químicas do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.



As reformas e novos equipamentos foram considerados como um renascimento para o instituto, que vai poder acelerar a resposta aos pedidos das delegacias do estado.



– Foi um renascimento. Hoje estamos com todos os equipamentos em pleno funcionamento e conseguimos dar respostas na mesma hora para as demandas que chegam das Delegacias e da Justiça. Arrisco dizer que temos um laboratório de química forense que não deve nada a nenhum outro – comemorou Denis Guimarães, diretor geral do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.



O trabalho desenvolvido tem sido considerado de extrema importância para a segurança pública por ter condições de ampliar a lista da Anvisa para substâncias consideradas drogas. Esse é o documento utilizado como base para a polícia caracterizar traficantes e usuários de drogas.



– O laboratório já descobriu até maconha sintética, substância artificial que tem os mesmos efeitos da maconha, mas ainda sem previsão na lei para punir os traficantes e usuários. Isso é muito importante. Descobrir novas drogas e catalogá-las na portaria da Anvisa é o único meio para os traficantes e usuários não driblarem a ação da justiça. Graças a este laboratório e ao trabalho dos peritos, que pretendo apoiar sempre, as famílias tem mais proteção para seus jovens – esclareceu o deputado federal Delegado Antonio Furtado.

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